...o Homem cresce com a viagem, quando...

Sexta-Feira-09 em passo acelerado pois em S.Bento o combóio
já partira, sem olhar para trás, que é dado aos comboios
não se condoerem com os que ficam no cais...resolvemos

tentar, a estação do metro próxima, ali mesmo, para ganhar
tempo ao comboio que perderamos e apanhá-lo, pensavamos nós
umas estações adiante...

Mal sentimos a curta viagem, adrenalina a subir, o relógio a
cronometrar... chegados a General Torres, saímos do Metro
atravessamos a Avenida de Gaia rumo á estação do combóio.

Ainda nos túneis... um micro segundo antes, da nossa chegada,
podíamos ouvi-lo ainda a carrilar sem nós!

Deixamos de raciocinar como quem, utópicamente espera um milagre...
Escada rolante abaixo, escadas fixas acima, dum fôlego...chegávamos ao cais
mas, de nôvo mal já pudemos ouvi-lo e vislumbrá-lo por entre a ramaria das árvores...
ao longe e de costas voltadas... a sumir-se indiferente

Só nos restava esperar pelo, que meia hora mais tarde nos
haveria de levar ao destino desse dia.

Aquele comboio não apanharíamos mais.


Aí...introduzimos Albert Einstein na prosa, não sei se para "relativizar" a nossa falta de êxito,
se, para descontar no tempo de espera que tínhamos pela frente...

Quem é que não teria apanhado o combóio, nós a ele ou ele a nós?
Teria afirmado Einstein, numa situação semelhante!

O Homem cresce com a Viagem quando...não se perde, na perda, mas aprende com ela.
concluímos!

A um Amigo tão des(carrilado)como eu...