quinta-feira, 19 de março de 2009

Na dobra das palavras...

Foto:BUDDY


Desdobro a noite

onde pousar a cabeça...

Na dobra das palavras... que ficamos por dizer

Em vão tacteio... no silêncio
pequenos nadas

Nem sequer o fervor das mãos...um dia-dadas...

sequer...estrelas p´ra nascer...

8 comentários:

  1. Olá querida dona do blog!

    Tudo se pode fingir, menos o amor à solidão.Quem finge,por atitude snobe,amar a solidão e não a ama,alguns dias depois atraiçoa-a com o primeiro que passa.
    Por isso voltei...olá

    Um beijo do seu...

    POTT

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  2. Talvez este seja um "caso" de entendimento de solidão, que sequer finge antes explicita por uma vontade maior de a vencer...não propriamente com o primeiro que passa mas...com o que passa mais perto do entendimento...

    Um ABRAÇO para POTT

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  3. ...se a minha observação for uma pequena pedra basilar de entendimento fico contente...

    Não resisto a perguntar-lhe se me escreve de
    PENAFIEL?-LOUSADA?

    ...é que descendo de nascidos em Penafiel (Meinedo-Bustelo) e tenho uma certa nostalgia por esses lugares dos meus ancestros.Do meu Pai herdei o gosto pela escrita e por isso cumpro esta: pena...fiel

    ABRAÇO para POTT

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  4. Olá dona do blog!

    Não, minha amiga,nenhuma dessas terras seria capaz de me inspirar uma quadra de São João.

    Bela herança a sua:«o gosto pela escrita».
    Os que se contentam em pensar sem escrever,são os malthusianos das ideias.
    Escreva muito,sem restrições.escreva o que lhe der na veneta.Publique.Não se preocupe com o que os outros possam dizer,ou pior, pensar.
    Não é necessário que um texto ou um livro sejam moralizadores.Um tratado de Geometria não é moralizador;porque o deve ser um livro de poemas?
    Todas as literaturas do mundo,desde as suas origens até aos nossos dias estão cheias de frases e ideias capazes de fazerem empalidecer um negro e ninguem pensa em suprimir tais livros,aliás são do dominio público.
    A Arte nada tem a ver com a moral,e esta é pura questão de latitude e longitude:algumas horas de avião,e passamos do país onde a poligamia é um delito,à terra onde é prescrita pelas sagradas escrituras:confronte-se o «collage» e o «ménage a trois» que em França são elegâncias sociais, com a de certos lugarejos italianos onde matar por ciúme (ainda)é um direito,onde a mulher vive numa espécie de clausura,e onde as donzelas (ainda existem) se deixam matar antes de perder a honra.(Fariam melhor se a lavassem todas as manhãs).
    Nunca peça opiniões.
    Não entregue os seus escritos à apreciação de intelectuais de provincia, esses trombones da literatura,que usam a gíria dos aposentados rabiscadores de monografias.As mais das vezes, ou lhe fazem um elogio de favor, ou dão doutas opiniões que nada valem.Publique sem medo.
    Pouco sei de si,tenho porém a certeza de que o que faz é por certo melhor do que fariam os que a criticam e dão opiniões.
    Outrora os policias eram,muitas vezes,recrutados entre ex-presidiários;hoje em dia,os mais sevéros criticos são recolhidos entre a escória da literatura.

    Sempre seu

    POTT

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  5. Querido POTT, também me demoro muito a reflectir...depois de uma leitura de uma palestra de uma conversa, gosto de digerir dissecar...tecer comparações ou ajustar ideias...O que me diz sobre a escrita é bem verdade, todos escrevemos o que nos dá na real gana para merecermos a seguir palavras como as que tece na sua correspondencia anterior. Também concordo que avaliar uma obra de outro é um exercíco muito subjectivo, porquanto todos nos expressamos de forma única e isso reduz sempre a opinião. Estou pois a pedir-lhe que me perdoe o pedido que lhe fiz anteriormente. Cânones e elitismos estilísticos houve sempre e perdurarão...Conheçe-me pouco naturalmente,e certamente cometi um acto irreflectido ao perguntar-lhe de onde me escrevia,tal como o Pott eu quase nada conheço dessas terras de que lhe falei. Eventei a hipótese de poder trocar algumas informações históricas, de genealogia por aí...entenda-me por favor.

    Se, a isso não o obrigar, nenhuma contrariedade permita-me que lhe envie um CD da tal antologia, como agradecimento pelo tempo que me dispensa sem nenhum pedido de avaliação inerente ABRAÇO para POTT

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  6. Olá dona do blog|
    Terei o maior prazer em receber a antologia.
    Sinto-me tambem honrado pelo facto de achar que o mereço.

    POTT

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  7. Querido POTT, as minhas palavras são pequenas areias do meu deserto interior, impulsos dos meus sentidos que não deixo de valorizar como micro-células vivas da minha sensibilidade.Não as entrego para que as valorizem mas...para que as guardem como parte de mim. Prezo muito quem se dá ainda ao trabalho de se debruçar sobre o eu do outro, sem qualquer interesse oculto que seja o da partilha.Peço-lhe só um endereço postal para lhe enviar o CD, estou certa que ficará a conhecer melhor a minha arqueologia interior...algo nostalgica mas rica de matiz telúrico e rigor vivencial...como se árvore fôra. Tenho uma existência silenciosa pacífica, mesmo contemplativa não dispensando nunca a soma a troca o conhecimento mais longe mais fundo que o outro me ofereçe mesmo quem mau é ou mal procede me serve de termo comparativo Tenho uma alegria campestre um gosto citadino, sem sentimentos de gula ou posse. Basta-me olhar e tudo é meu por direito. Bem...espraiei-me a fazer a apologia de mim porque sou múltipla plural estou viva...Perdoe

    ABRAÇO para POTT

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