terça-feira, 23 de junho de 2009

que podiam ter sido uns passos de amor!...

Foto:Carolyn(c)


...de asas muito abertas...esbravejante ...volteva um pardal...

e volteava volteava...em círculos pequenos apertados... anelando sobre
uma pequeníssima borboleta branca... que reflectindo ao sol...escapava
ao pardal...no bailado mais envolvente...que se possa encenar

A ponto de quase...quase terem perdido ali a vida...embatendo no trânsito
intenso e ruidoso que passava ...de sinal aberto

De olhar atónito e enlevado...EU!...
de coração uma e outra vezes... comprimido
pelo perigo eminente daqueles dois bailarinos ...coreografando
no meio do bulício da cidade...em plena tarde
inesperadamente..
Até que o verde abriu para nós e...no tempo entre a travessia
e o meu último olhar...volvido
o pardal alcançou a borboleta branca

De um impulso só!...ali desapareceu...no bico ufano ...como troféu...


...por breves momentos acalentei...
que podessem ter sido uns passos de amor!...




para Pott
como prometido...

2 comentários:

  1. Querida dona do blogue!

    Observar o mundo do alto;cada coisa ,vista lá de cima perpendicularmente,adquire as suas verdadeiras proporções:rios navegáveis, pontes,estradas,homens que vão,homens que voltam,carros que circulam em silêncio.
    Têm razão os metafisicos: aparências, aparências; até aquelas jazidas de carbonato de cálcio,que são os cemitérios,vistas lá de cima, apresentam-se como pequenos rectangulos que não metem medo.
    Enfim...aparências...

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  2. Querido POTT Basta subir a um nono andar para nos avaliarmos o ponto que somos no asfalto...
    Não temo os mortos...Dos vivos repulsa-me a estratégia permanente... tudo pesado tudo medido um fim sempre em vista!...O BOM HUMOR é a minha aspirina a grosseria incomoda-me mas não me ofende...Sou a escrever um poço de nostalgia...por razões de distanciamento das relações entre as pessoas, falta de imaginação para uma boa prosa que nos deixe vontade para continuarmos adiante...Escrevo para mim mesma
    desenhando utopias a que assisto e observo e pouco vivo...tenho sempre "material" para um novo post que abunda por aí o mote.Qualquer dia
    canso-me! Não me agrada nada falar para os giga bites do monitor...um diálogo quase de surdos! Sem rosto sem nenhum tipo de afecto...

    OBRIGADA pelo comentário e perdoe a singeleza da dedicatória um relançe observado há dias na rotunda da Boavista no PORTO...que me pareceu
    poético

    ABRAÇO para POTT

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