domingo, 6 de julho de 2008
Corpo do entendimento
Nuno Resende (c)
...só esta hora nua, madrugada do eu desperto
para me atender o desassossego...
Este vazio acordado, onde se agitam as palavras,
acotovelam os pensamentos, e cai o descernimento.
Palavras ansiosas, por formar o corpo do entendimento
da realidade que me habita.
Só um abraço, tão apertado que fizesse ferver o sangue
e fermentasse o sentimento, para dele colher o mosto
Fosse...(seja eu o invólucro), prisioneiro do seu nectar.
Na cave horizontal, do silêncio...
Se nessa hora, levedasse o desejo, escorresse dos lábios
um olhar sequioso, me levasse ás mãos com sede, mitigando a mágoa...
A resposta !
Como quem recebe um presente, rasga o papel, solta o laço
aflora a textura.
Descobrir, em cada gesto, linha de rosto,em cada sorriso
o corpo do martírio, o caminho da alma...
A paixão incógnita... a laranja ácida, esse malogrado
contentamento, incondicional, belo e puro!
O inferno, isso sim...
Procurei no mais fundo de mim.
Ele era o meu fóssil, o eu que a vida mantém dentro e não morre
alma incandescente, em que me tornara...
Etiquetas:
fotografia,
Poesia
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Cara Amiga!
ResponderEliminarCá estou eu a saudá-la e a desejar-lhe os votos de fecunda produção artística e literária agora ao dispor de nós, comuns mortais do culto à arte, na internet. Um abraço!
Obrigada pelos votos.O culto à arte é um caminho interior que nos apetrecha a olhar-mo-nos com lentes de alma.Abraço
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