sexta-feira, 12 de setembro de 2008

dentro dos meus guardados...

Abro a luz da porta
sem cura... da tua partida


Ainda não te sei aonde...


Recolho cada manhã
a tua voz
na dobra dos dias
nos estalidos vegetais
que colhemos juntas


Guardei -te na Mulher que se
multiplica na minha memória
maior que a dor da perda

Na Mãe... sem adjectivo que a soletre
nem poema a interprete

Só teus passos esgotados
tuas mãos ditosas
cobri de saudade e rosas...

dentro de meus guardados...

Sempieterna

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